quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Canindé 2011

ENTREVISTA: DAVID PINHEIRO

http://g1.globo.com/videos/ceara/v/caninde-reune-fieis-de-sao-francisco/1648803/#/CETV



ENTREVISTA: DANILO PINHEIRO




"Um santo que anteviu e propagou os valores ligados aos vínculos comunitários. Direitos Humanos, ecologia, distribuição de renda, reforma agrária, anticonsumismo, democracia, humildade, democratização do saber... Parece exagero, mas sempre independente de ortodoxias religiosas, São Francisco de Assis foi um rebelde/revolucionário à sua maneira, e estamos no 2º maior berço de admiração/veneração ao santo do mundo, ou seja, o Ceará! ;) Apesar das brincadeiras ao longo da pedalada, os quatro integrantes (David Pinheiro, Leandro Carvalho, Sylene Ruiz e Danilo Pinheiro), de uma forma ou de outra, identificam-se e exercitam cotidianamente muitos desses ensinamentos! Aliás, muitos de nós, revelando-se aí uma leitura atualíssima sobre o franciscanismo!" (Danilo Pinheiro)




terça-feira, 13 de setembro de 2011

Saber quando parar: eis o que o diferencia de um ser anencéfalo!

Seria engraçado, porém não é... Brincar com sentimentos alheios é algo próximo de uma patologia ainda não catalogada, mas já é possível saber que trata-se de um desvio de personalidade. Ninguém com mente sã engana alguém por prazer, isso é algo bem próximo de deliciar-se por provocar o sofrimento de outra pessoa que certamente não merece tal humilhação. Se você encaixa-se nesse perfil, favor procure ajuda psicoterapeuta, antes que um prejuízo irreversível possa acontecer e mudar o rumo de sua vida enquanto ela durar... e se durar!

Para ser sincero, não fui vítima se uma pessoa com essa índole, apenas já sofri muito por ter acidentalmente alimentado expectativa falsa em outra pessoa, isso ocorreu por dois motivos: omissão exagerada e, consequentemente, ausência de transparência! Ou seja, melhor arriscar abrindo o peito e tomar uma decisão a curto prazo, porém sincera e leal! E por pura experiência já vivida, posso garantir que o diálogo com foco, respeito e amor ao próximo resolve a quase totalidade dos conflitos estabelecidos!

"Não viro vampiro, eu prefiro sangrar / Me obrigue a morrer, mas não me peça pra matar" (Engenheiros do Hawaii)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A vida é uma viagem, passagem só de ida...

Está de bem com a vida? Aproveite!
Está de mal com a vida? Relaxe!
Está puto com a vida? Tome uma boa bebida!
Está indiferente com a vida? Saia de casa!
Está sem entender a vida? Leia um bom livro!
Está com tédio da vida? Vá para a praia!
Está com medo da vida? Abrace alguém!
Está desiludido com a vida? Ligue para um amigo!
Está sonhando com a vida? Acorde e viva!
Está arrependido da vida? Chore!
Está infeliz com a vida? Assista um bom filme!
Está cantando nessa vida? Cante mais alto!
Está cansado da vida? Deite, durma e/ou medite!
Está correndo nessa vida? Pare e respire!
Está maltratando a vida? Pare de fumar!
Está satisfeito com a vida? Parabéns!

Está chorando? É a vida!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Discussão num bar

               Uma rua da periferia. Um garoto, onze anos, pedinte, sem rumo certo, apenas caminhava. Era dia, e a sensação térmica era de muito calor. O garoto, sujo e de aparência caquética, não aparentava se incomodar com o suor. Ele avistou um bar, onde havia dois homens sentados numa mesa e tomando uma cerveja aparentemente bem gelada. Ambos conversavam exaltadamente. Nesse bar, as mesas ficavam na calçada. O menino se dirigiu ao bar, parou diante dos dois homens e observou-os com seus olhos tristes e amarelos:
- Não adianta fazer doações para a África! Se adiantasse, a África não seria ainda hoje o continente mais pobre! Para que doação, se ninguém garante o acesso da população a essa ajuda?
- A questão é que as doações têm que oferecer oportunidade de renda aos africanos! Investir na agricultura familiar, por exemplo, seria um destino promissor para essas ajudas!
- E como fazer isso se o governo for corrupto? Os países africanos estão entre os países com maior índice de corrupção do mundo! Quem vai distribuir e fiscalizar esse dinheiro, se o próprio governo abandonou o seu povo? Já me disseram que esses governos, com uma parte das doações, distribuem cestas básicas de forma assistencialista e aproveitam a situação para comprar votos durante as eleições! O povo, manipulado, vota neles e ainda se acomoda esperando mais cestas básicas. A doação torna-se moeda eleitoral! 
- Não é necessário governo para isso! Concordo que seria o ideal, mas é possível não depender do governo. Uma prova disso são as ONGs! E doações não necessariamente precisam ser alimentos! Existem auxílios empreendedores que hoje mudam significativamente a vida dos africanos. A doação, nesses casos, torna-se uma esperança para a vida daquelas pessoas que nunca tiveram oportunidade!
O menino, assustado e confuso, atento às palavras dos homens entusiasmados com a discussão, finalmente ia pedir uma ajuda em dinheiro, quando foi repreendido pela continuação da conversa:
- Doação é esmola! Um rico dá dinheiro a um pobre para alimentar o próprio ego e aliviar a consciência! Esmola não enriquece ninguém e só ajuda o pobre a aceitar sua condição inferior perante a sociedade! Desse mesmo modo funciona entre os países! São justamente países ricos como EUA, Japão, Reino Unido, França e Alemanha os que mais ajudam financeiramente a África. O pobre que depende de esmola nunca deixará de ser pobre!
O garoto, ao ouvir aquilo, botou rapidamente a mão no bolso, retirou suas moedas e as colocou na mesa. Até esse momento, os homens, ludibriados com a conversa, não tinham notado a presença da criança. Eles se calaram surpreendidos, e um deles, após um instante de silêncio, perguntou-lhe:
- Por que esse dinheiro na nossa mesa, garoto?
O menino respondeu, com esperança:
               - Não quero mais ser pobre! Estão aqui todas as minhas esmolas! Se é isso que me deixa com fome todo dia, então não quero esse dinheiro!
               Os dois homens, ambos jovens universitários, baixaram suas cabeças e miraram o chão culpados e envergonhados. O menino, radiante com a notícia, correu provavelmente ao encontro da mãe para lhe contar que não eram mais pobres.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Quando não basta...

Doar: não basta...
Implodir obstáculos: não basta...
Gostar sem limites: não basta...
Almejar a felicidade juntos: não basta...

Nunca deixar a paixão acabar: não basta...
Aceitar e ceder: não basta...
O jantar perfeito: não basta...

Alimentar sonhos: não basta...
Orar por ambos: não basta...

Amor: não basta...
Beijo demorado: não basta...
Abraço apertado: não basta...
No dia dos namorados entregar flores: não basta...
Decidir casar e ter filhos: não basta...
O e-mail apaixonado: não basta...
Necessitar de carinho: não basta...
Olhar com brilho e ternura: não basta...


O que fazer? Simplesmente veja e sinta a poesia em outra perspectiva.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sumário de Urina X Sadismo

Era mais um caso clínico. O preceptor (médico chefe), diante da paciente e dos acadêmicos de medicina, iniciou em alto e bom som a descrição minuciosa do sumário de urina ((informalmente chamado de exame de urina) do paciente em questão, utilizando termos técnicos para acrescentar aos pupilos com aprendizado, já que tratava-se de uma aula prática em um hospital qualquer de ensino. A paciente, uma jovem, ouvia atentamente, mesmo não compreendendo nada do que ouvia.


"Então, pelo sumário (de urina) temos: urina de densidade normal, pH normal, urina de coloração turva e na avaliação dos sedimentos urinários temos: proteinúria (proteínas na urina), hemoglobinúria (hemoglobina na urina), bacteriúria (bactérias na urina), leucocitúria (leucócitos na urina). E a jovem paciente refere como sintomas: disúria (dor ao urinar), hematúria (sangue na urina) e noctúria (urinar mais de 3 vezes durante a noite). Então estamos diante de um quadro clássico de cistite ou infecção urinária baixa".

Um dos alunos, mostrando interesse pelo caso, pergunta diretamente para a paciente quantas vezes ela tinha praticado relação sexual na última semana, já que aumento da frequência de relações aumenta o risco de infecção urinária. A paciente, tranquila e segura, respondeu que sinceramente não sabia, pois na última semana havia perdido a conta de quantas vezes havia transado. O aluno, prontamente, virou ao professor e disse: "Professor, no exame faltou descrever que a paciente também tem LUXÚRIA!"


quinta-feira, 23 de junho de 2011

FERIADO X TRABALHO

O tempo parece não passar... feriado... Nenhum paciente na emergência, ninguém sabe o verdadeiro significado de Corpus Christi, todo mundo só fala em beber, ir pra forró, encher a cara até cair... Muitos já estão de ressaca. Tudo isso fez eu assimilar um tédio típico daqueles domingos ociosos. E eu trabalhando, ou melhor, fingindo que estou trabalhando, pois não tem nada para fazer, simplesmente nenhum paciente! rs Ócio em casa é até bom, às vezes, mas ócio no trabalho é insuportável, algo próximo de uma tortura! Estou contando os milésimos de segundos para finalmente retornar ao lar! O último paciente ainda veio me pedir um atestado pra terça, dia 21, ou seja, atestado falso, e gastei saliva tentando explicar pro cara que não poderia dar o atestado, mas de nada adiantou, o "impaciente" foi embora resmungando. Impressionante como a lei incomoda nesse país!

Acesso meu e-mail pela milésima vez... Sinal de celular ruim... Lista de espera: zero pacientes. Em resumo: trabalhar em um feriado é muito CHATO!

"Trair antes de ser traído!": frase mais imbecil dos últimos tempos!

Terminei o filme que me inspirou escrever o texto nesse blog "Gostar, cuidar, zelar. E o zelo tem uma ponte estreitíssima com o ciúme.." (18 de junho de 2011), e o final é o pior possível para o casal principal do filme. Na verdade não precisava de um final feliz, mas o protagonista simplesmente ouve o "conselho"do amigo que afirma: "Trair antes de ser traído". Seria um extensão da idéia insalubre de não ficar por baixo! Resultado: o cara não opta em tentar esclarecer todas as dúvidas com uma boa e transparente conversa, simplesmente deixa o ciúme se tornar um tumor maligno agressivo e, desse modo, ele apela para todas as alternativas mesquinhas: vasculhar coisas da namorada, contratar detetive de esquina, porém sem nunca nada comprovar. Mas o ser humano impressionantemente imagina, cria e acredita no irreal, então ele tenta de todas as formas trair a namorada que ele passa a ter certeza que o trai. Resultado: a namorada o flagra aos amassos com a amiga dela que ele tentou embriagar com vinho em sua própria casa. E ao que tudo indica a moça (namorada) era inocente, pelo menos o filme assim transmite a idéia ao espectador, tornando o mocinho um verdadeiro vilão. O cara é a definição de idiotice, pois o impulso irracional o levou a querer dar o troco e assim ficar no mesmo patamar que a namorada suspeita de ser traidora. E na verdade ele ficou abaixo dela, ele realmente a traiu e da pior forma: para fortalecar um ego patológico.

Conclusão: converse, confie, tenha fé e paciência: justiça com as próprias mãos nunca foi a solução. Usar as "Três Peneiras" nunca é demais. É necessário certeza, bondade e utilidade para que a informação seja realmente válida, real e mereça ser repassada.

"Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti"

Nosso protagonista não usou nenhuma das Três Peneiras e, lamentavelmente, perdeu...

terça-feira, 21 de junho de 2011

Uma vida na mão ou dois pássaros voando?

"Eu vou morrer?"

"Eu vou melhorar?!"

"Pelo amor de Deus, ajude-me!"

"Quanto tempo vou ficar assim?"

A vida definitivamente não permite ensaios. Se permitisse, não teria graça alguma. Ninguém erraria, ninguém tropeçaria, ninguém erraria a mega-sena, ninguém morreria. Todos seriam igualmente felizes e todos aproveitariam ao mesmo tempo todas as boas possibilidades possíveis! Ou seja: seria a mais completa definição de "perfeito caos".

As perguntas acima simbolizam isso, pois como profissional de saúde ouço várias vezes durante a rotina esses questionamentos que geralmente são acompanhados de angústia e medo. A incerteza da cura e da recuperação, colocando a saúde em jogo, e desse modo em risco nosso bem maior: a vida.

E quanto vale a vida? Pergunta mais difícil talvez não exista, pois todos sabem que a vida não tem preço. Mas e pra quem, impressionantemente, deseja o fim da vida como o suicida? A vida pra ele significa o ingresso para a morte e nada mais. Paciência...

E assim acontecem exemplos de vida por um fio todos os dias, em todos os momentos. Eu, particularmente, nunca tive a vida em risco por causa de doença. Mas infelizmente já estive em contato com pessoas que faleceram mesmo com todos os esforços. O mal irremediável é insano e muitas vezes cruel.

Essa certeza que vou morrer um dia é no mínimo curioso, pois posso estar escrevendo esse texto no dia da minha morte e simplesmente eu não sei disso. Então esse texto seria polêmico, já que seria absurdo pensar que trata-se apenas de uma mera coincidência. Mas se hoje não for o dia da minha morte, então esse texto passará apenas como mais um texto no meu blog.

Então termino esse texto pequeno, pois admito que minha inspiração "morreu" hoje, apenas afirmando que ter uma vida nas mãos realmente equivalem a dois pássaros voando, já que na área de saúde o profissional de saúde e o paciente são dois pássaros: esse quer voltar a voar e aquele quer continuar voando, mas nunca sozinho, enfim uma andorinha só não faz verão, mas quando essa andorinha ajuda várias outras andorinhas a voarem com ela, então o sol virá majestoso e irradiando felicidade. Quando alguma andorinha não puder mais ajudar a fazer verão, então o mal irremediável cumpriu a sua tarefa. Tudo bem, o sol continua, todos os dias da semana, 365 dias por ano. Quem não está mais entre nós para apreciar o sol da terra, então acredito que deve estar apreciando esse mesmo sol de um ângulo muito mais privilegiado. Amém!

"(...) Onde houver ódio que eu leve o amor / onde houver ofensa que eu leve o perdão /onde houver discórdia que eu leve a união / onde houver dúvida que eu leve a fé / onde houver erro que eu leve a verdade / onde houver desespero que eu leve a esperança / onde houver tristeza que eu leve a alegria / onde houver trevas que eu leve a luz (...)" (trecho oração de S. Francisco de Assis)

sábado, 18 de junho de 2011

Gostar, cuidar, zelar. E o zelo tem uma ponte estreitíssima com o ciúme...

Assisti um filme hoje, mas não terminei de assistir, porém já posso comentar a sinopse, já que a história não é original, porém bem cotidiana. Todo mundo conhece ao menos uma pessoa que lembra o protagonista desse filme. O leitor pode ficar tranquilo que não falarei o fim do filme, até porque eu também desconheço e nem vou intitular o filme, pois o motivo desse texto não é definitivamente divulgar esse filme, apenas servirá para embasar o contexto atual.

O filme mostra a vida de um jovem, 32 anos, que curte a vida como qualquer jovem, mas eu diria que ele curte além da medida, pois se envolve com várias mulheres, porém sem se apaixonar por nenhuma delas. Penas curtição e sexo, nada mais. Então esse cara começa a ter problemas com isso, pois as mulheres se iludiam, mas ao procurá-lo todos os sentimentos nutridos haviam ido embora por parte dele, até porque esses sentimentos nunca existiram. Ele era paulista, pilantra, cachorro, e pra fugir desse "inferno feminino" que ele mesmo plantou e cultivou, resolve viajar para o Rio de Janeiro quando se depara de forma inusitada com uma mulher também jovem que iria transformar sua vida para sempre. Eles se apaixonam, ela se muda para São Paulo, mas um monstro estava nascendo a partir daquela linda união: o ciúme! A carioca tinha milhões de amigos, era carismática, dançava com todos nas festas e, além de tudo, era ingênua. Ele descobriu-se ciumento ao ponto de mexer em celular, gavetas dela e até extrato bancário. O abominável ciúme tomou conta da relação. Sua vida estava virando um inferno, pois tudo era motivo para desconfiança.

Assisti o filme até esse momento, ou seja, no clímax, pois infelizmene havia chegado a hora de ir trabalhar em pleno sábado à noite (hora ingrata)! Mas faz parte, e pra ser sincero, o filme é angustiante, pois o ambiente é bem semelhante ao cenário tenso de Dom Casmurro com Bentinho, Capitu e Escobar, onde a genialidade de Machado de Assis não permite identificarmos se realmente Capitu trai ou não Bentinho com o Escobar.

Então hoje venho aqui no blog dizer que o ciúme é como um câncer: se diagnosticado precocemente, pode ser tratado e curado. Porém, se esse tumor maligno avança para fase terminal com metástase, então essa doença vira um estigma incurável até que a morte (ou o divórcio) os separe... Infelizmente.

Ciúmes? Melhor não tê-lo! Se tiver, respire fundo, separe o que é real e imaginário e troque a ofensa por perdão, sempre que possível.

"Mas eu me mordo de ciúmes!"

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ser bom é muito difícil... (Resposta a um e-mail)

"Se não quer chorar, seus olhos perderão o brilho, pois as lágrimas são necessárias. Se você chora de vez em quando, e as lágrimas começam a fluir, seus olhos ficam mais limpos, renovados, jovens, virgens.

Uma pessoa amadurecida é aquela que chega a conhecer a necessidade do outro: que agora tenho que amar alguém. A necessidade de ser amado é infantil, imatura. A necessidade de amar é maturidade. E quando você está preparado para amar alguém, um belo relacionamento irá surgir; de outra maneira não.

É possível que duas pessoas num relacionamento sejam más uma para com a outra? Sim, isso é o que está acontecendo por todo o mundo. Ser bom é muito difícil. Você não é bom nem para si mesmo. Como você pode ser bom para outra pessoa?

Você nem mesmo ama a si próprio! Como você pode amar outra pessoa? Ame a si mesmo, seja bom para si mesmo. Os seus assim chamados santos têm lhe ensinado a nunca amar a si mesmo, para nunca ser bom para si mesmo.

Seja duro consigo mesmo! Eles têm lhe ensinado a ser delicado para com os outros e duro para consigo mesmo. Isso é um absurdo. Eu lhe ensino que a primeira e mais importante coisa é ser amoroso para consigo mesmo. Não seja duro; seja delicado.

Cuide de si mesmo. Aprenda como se perdoar, cada vez mais e novamente; sete vezes, setenta e sete vezes, setecentos e setenta e sete vezes. Aprenda como perdoar a si próprio. Não seja duro; não seja antagônico consigo mesmo.

Assim você irá florescer. Nesse florescimento você atrairá alguma outra flor. Isso é natural. Pedras atraem pedras; flores atraem flores. Assim há um relacionamento que possui graça, que possui beleza, que possui uma bênção nele. Se você puder achar um relacionamento assim, seu relacionamento crescerá para uma oração; seu amor se tornará um êxtase e através do amor você conhecerá o que é o divino." (Osho)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A gente vive assim...

Muito bom falar o que quiser, escrever o que vier na mente, quem sabe assim eu me encontro, enfim...

O que faz alguém pensar que está vivendo o fim do mundo, e no outro dia amanhecer tudo bem? Talvez nós devêssemos ser menos emotivos e mais racionais. Essa história de chorar, ficar cabisbaixo, parece realmente não ter sentigo algum, além de tudo lá fora permanecer no mesmo lugar. Pra ser sincero, até entendo quem fique triste, achando que o coração está preenchido por um imensurável e nefasto vazio, mas o que não pode ser feito, apesar de tentador, é deixar a amargura vencer e tomar de conta daquilo que chamamos de felicidade, comprometendo exponencialmente a paz de espírito. Sem paz, o indivíduo torna-se um ser inanimado, invisível e sem vida. As cores perdem o brilho e a escuridão reina.

Essencial buscar incessantemente a felicidade, mesmo quando cego, pois quem procura acha mesmo. Talvez alguns tombos, algum tempo perdido, mas no fim, quando finalmente a fórmula da felicidade ressurgir, os hematomas dos tombos serão apenas passado, e enquanto um indivíduo estiver feliz consigo mesmo e com o mundo ao seu redor, nada nem ninguém será obstáculo suficiente para derrotá-lo.

Então peça desculpas, pegue o avião ou o telefone, desmarque compromissos, enfim, se mova, pois as tentações ruins estão esperando a hora do bote. Saia de casa, mesmo chovendo, pois a felicidade sempre está sedenta por pessoas que a buscam. Então vem viver ao meu lado, vem!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Às vezes tudo... Às vezes nada... Às vezes tudo ou nada!

Como eu gostaria de saber a real importância de gostar de alguém, mas não está ao meu alcance... Apenas afirmo que é essencial para a manutenção da espécie, mas custo a acreditar que o fato de gostar no sentido amar foi criado por Deus apenas com esse objetivo: preservar a espécie humana.

Amar custa e como custa... Não custa dinheiro, não custam bens, não custam negócios. Porém amar custa uma ou várias vidas, assim são os filhos, eles são frutos diretos do tal amor.

Obviamente o filho não necessariamente trará amor à família, ou mesmo os pais obrigatoriamente amará sua prole. Mas estou falando do que o ciclo da vida nos traz: nascer, etc, REPRODUZIR, etc e morrer. Nos nossos livros de ciências, quando crianças, já decorávamos a sequência. E era muito chato decorar que depois de nascer, obrigatoriamente tem que crescer e em seguida tem que reproduzir, pois logo depois tem que envelhecer para morrer e assim acertar a questão decoreba da prova. Felizmente sabemos que esse ciclo respira complexidade e as variações são infinitas.

Claro que a fase mais importante é a reprodução, já que é nesse patamar que a espécie garante a continuidade. Sem amor a reprodução ocorre, senão os estupros não gerariam seres humanos vítimas de um ato pobre em amor e rico em crueldade. Porém o amor é o que une e quando se une, o amor tende a ser infinito e imortalizado, pelo menos essa é a intenção em um casal que está apaixonado: plantar e colher o sentimento mais nobre chamado amor. O filho eterniza o amor.

Então encerro esse texto alterando o ciclo, na verdade não mudando sua sequência, já que a padrão já é a mais lógica. Adiciono o verbo amar no ciclo da vida e se estivesse ao meu alcance alteraria todos os livros de ciências para a crianças já aprenderem que sem amor nada seríamos.

Moral da história: Amar, Nascer, Amar, Crescer, Amar, Reproduzir, Amar, Envelhecer, Amar, Morrer e Amar.

Amar é assim: às vezes tudo, às vezes nada.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mário Quitana e a verdade absoluta


“Somos donos de nossos atos,

mas não donos de nossos sentimentos;

Somos culpados pelo que fazemos,

mas não somos culpados pelo que sentimos;

Podemos prometer atos,

mas não podemos prometer sentimentos...

Atos são pássaros engaiolados,

sentimentos são pássaros em vôo.”

(Mário Quitana)

terça-feira, 1 de março de 2011

Início de carreira (profissão) e fim da carreira (corrida)


Começo esse texto mostrando dois sinônimos para o substantivo feminino carreira: um significa profissão (definição mais conhecida) e outro significa corrida (definição mais utilizada nos estados do Nordeste brasileiro), conforme exposto no título acima.

Estou realmente iniciando carreira profissional, estou trabalhando há exatamente 3 meses (ou seja: faltam 'apenas' 34 anos e 9 meses para minha primeira aposentadoria!) e posso afirmar que já tive oportunidade de trabalhar em 3 esferas ocupacionais: privado, público e voluntário.

No privado, onde estou atualmente, existe uma vantagem já estereotipada em qualquer serviço privado: organização e estrutura, incluindo manutenção, além de profissionais comprometidos com o trabalho. A desvantagem: o cliente exige mais, obviamente, e por vezes até exagera na cobrança. Como toda ação gera uma reação, princípio básico newtoniano, o serviço por sua vez exige e cobra do profissional, o que gera eventualmente uma sobrecarga de trabalho acima do aceitável comprometendo um atendimento deveras de qualidade, tudo em prol da 'bendita' produtividade, ou seja, números.

Enquanto isso, o serviço público é mais gratificante, porém tende a ser burocrático e recebe o rótulo de moroso, acomodado e sucateado. Quanto mais público, mais papel, infelizmente essa é a impressão, apesar de que essa realidade está mudando com a era de informatização atingindo as 3 esferas públicas (municipal, estadual e federal). E apesar de ser um direito do cidadão, diversas vezes o cliente sente-se tímido como se estivesse devendo algo. Meu primeiro emprego foi público (municipal-federal) e fui acolhido de forma surpreendentemente positiva.

E o que chamamos de voluntário? Aqui seria o hobbie, a paixão, inclusive não me sinto autorizado a taxar o termo voluntário de serviço ou trabalho, pois nessa esfera o profissional sai sempre ganhando, pois a solidariedade é justamente isso: dar mais (trabalho) que receber (remuneração), porém receber mais (amor) que dar (tempo, esforço), por isso para ser voluntário o saldo deve ser positivo.

Na minha área de atuação, saúde, tenho a seguinte vantagem: tenho acesso relativamente fácil às 3 opções: voluntário, público ou privado. Acredito que o ideal é ter atrelado ao público ou privado um espaço para dedicar-se ao voluntário, como forma de retorno imediato à população ou simplesmente por amor às causas perdidas, mas não extintas.

Retorno a minha cidade natal e por enquanto encontro-me atuando apenas no serviço privado, mas necessito de um serviço voluntário de utilidade pública. Nesse caso, quando estiver também exercendo atividade voluntária, escreverei nesse blog com um prazer imensurável.

E o fim da carreira (corrida)? Conforme diz a música, quem tem pressa não se interessa, agora é subir a montanha e apreciar o horizonte distante, mas ao alcance dos olhos. Subir até quando? Essa pergunta, graças a Deus, eu não sei a resposta! Enquanto isso faremos a colheita (e sempre plantando) todos os dias. Amém.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Perfeita Simetria

Nunca se sabe com quantos dedos se fazem um anel, nunca se sabe com quantas cartas fora do baralho eu posso descartar e embaralhar você, lamentavelmente, mas algo posso dizer em alto e bom som: eu nunca faço o que não estou afim de fazer. Onde estou querendo chegar? Pra ser sincero como não se pode ser, do alto de uma torre eu via você, poeta e atleta e tudo o mais. O céu é o limite? Acredite... se puder...

A fé move montanhas e me faz aceitar o tempo, nada além da fé...
E o amor? Esqueça o amor, por enquanto, pois basta o olhar ser natural para até a dor ir embora. Olhar e olhar, mas onde estão seus olhos, agora que estou bem na foto?
É possível que o amor ainda te emocione? Torço que sim, mesmo com medo, até porque você esquece que eu não sou de ferro e até o ferro pode enferrujar.
Olhe pra mim... enquanto eu me quebro e desapareço no ar... O que era certo e sólido: dissolve, desaba, dilui, desmancha no ar. E, por fim, as lágrimas... já as transformei em pó.

Às vezes tudo, às vezes nada, às vezes tudo ou nada, às vezes 50%, às vezes a todo momento, às vezes nunca, como tudo na vida, não é sempre!

Por amor às causas perdidas, seja o que for, é preciso fé cega e pé atrás, olho vivo, faro fino, e tanto faz...

No fim das contas a gente faz de conta que isso faz parte da vida, já que a gente vive assim, sempre acabando o que não tem fim...

Caí numa armadilha! Você não sabe (e nunca soube) o que eu sinto!