segunda-feira, 14 de março de 2011

Mário Quitana e a verdade absoluta


“Somos donos de nossos atos,

mas não donos de nossos sentimentos;

Somos culpados pelo que fazemos,

mas não somos culpados pelo que sentimos;

Podemos prometer atos,

mas não podemos prometer sentimentos...

Atos são pássaros engaiolados,

sentimentos são pássaros em vôo.”

(Mário Quitana)

terça-feira, 1 de março de 2011

Início de carreira (profissão) e fim da carreira (corrida)


Começo esse texto mostrando dois sinônimos para o substantivo feminino carreira: um significa profissão (definição mais conhecida) e outro significa corrida (definição mais utilizada nos estados do Nordeste brasileiro), conforme exposto no título acima.

Estou realmente iniciando carreira profissional, estou trabalhando há exatamente 3 meses (ou seja: faltam 'apenas' 34 anos e 9 meses para minha primeira aposentadoria!) e posso afirmar que já tive oportunidade de trabalhar em 3 esferas ocupacionais: privado, público e voluntário.

No privado, onde estou atualmente, existe uma vantagem já estereotipada em qualquer serviço privado: organização e estrutura, incluindo manutenção, além de profissionais comprometidos com o trabalho. A desvantagem: o cliente exige mais, obviamente, e por vezes até exagera na cobrança. Como toda ação gera uma reação, princípio básico newtoniano, o serviço por sua vez exige e cobra do profissional, o que gera eventualmente uma sobrecarga de trabalho acima do aceitável comprometendo um atendimento deveras de qualidade, tudo em prol da 'bendita' produtividade, ou seja, números.

Enquanto isso, o serviço público é mais gratificante, porém tende a ser burocrático e recebe o rótulo de moroso, acomodado e sucateado. Quanto mais público, mais papel, infelizmente essa é a impressão, apesar de que essa realidade está mudando com a era de informatização atingindo as 3 esferas públicas (municipal, estadual e federal). E apesar de ser um direito do cidadão, diversas vezes o cliente sente-se tímido como se estivesse devendo algo. Meu primeiro emprego foi público (municipal-federal) e fui acolhido de forma surpreendentemente positiva.

E o que chamamos de voluntário? Aqui seria o hobbie, a paixão, inclusive não me sinto autorizado a taxar o termo voluntário de serviço ou trabalho, pois nessa esfera o profissional sai sempre ganhando, pois a solidariedade é justamente isso: dar mais (trabalho) que receber (remuneração), porém receber mais (amor) que dar (tempo, esforço), por isso para ser voluntário o saldo deve ser positivo.

Na minha área de atuação, saúde, tenho a seguinte vantagem: tenho acesso relativamente fácil às 3 opções: voluntário, público ou privado. Acredito que o ideal é ter atrelado ao público ou privado um espaço para dedicar-se ao voluntário, como forma de retorno imediato à população ou simplesmente por amor às causas perdidas, mas não extintas.

Retorno a minha cidade natal e por enquanto encontro-me atuando apenas no serviço privado, mas necessito de um serviço voluntário de utilidade pública. Nesse caso, quando estiver também exercendo atividade voluntária, escreverei nesse blog com um prazer imensurável.

E o fim da carreira (corrida)? Conforme diz a música, quem tem pressa não se interessa, agora é subir a montanha e apreciar o horizonte distante, mas ao alcance dos olhos. Subir até quando? Essa pergunta, graças a Deus, eu não sei a resposta! Enquanto isso faremos a colheita (e sempre plantando) todos os dias. Amém.